terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Como Prescindirmos da Ajuda Externa a Médio Prazo?

O Blog Ideias Subversivas lança grandes questões ligadas ao desenvolvimento, que aqui transcrevemos:

Discutíamos "Errand Boys - Cooperação Sim, Chantagem não!!" e Elísio Macamo sugeriu-nos uma outra perspectiva de análise da questão da ajuda externa: o que estamos a fazer para prescindirmos Desta ajuda a médio prazo?

É uma abordagem interessante. De facto, passamos muito tempo a discutir o "descalabro" do Estado caso a ajuda seja cortada, e dispensamos pouco tempo para pensar o que cada um de nós está a fazer para pôr fim a dependência da boa vontade dos estrangeiros em ajudar-nos e/ou da possibilidade de o saco deles "encher-se" com os erros que o Governo possa cometer no processo governativo, muitas vezes empolados pelos nossos próprios compatriotas para exactamente "exigirem" o corte da ajuda externa.

De facto, "temos que mostrar que esta dependência nos incomoda com acções concretas destinadas a acabar com ela." Este é um must. Agir.

Basílio Muhate, como eu, nunca tinha olhado para esse lado da moeda que o Elísio nos sugere, ao mesmo tempo que acha que para sairmos da dependência é: "produza, consuma e exporte Moçambicano."

Qual é o nosso indicador da eficácia da ajuda externa? A Erva pergunta qual é o indicador de que a ajuda é eficaz? Para ela é justamente a redução da dependência da ajuda.

A questão do que se está ou se vai fazer colocada por muitos comentadores na discussão a que me referia parece que retornou no questionamento que Egídio Vaz faz em comentário ao texto sobre a pobreza urbana publicado no blog do Presidente da República aqui.

Egídio Vaz destaca duas ideias principais que, quanto a ele, enformam a ideia principal de AEG no referido texto:

No mesmo texto, ainda segundo E. Vaz "está também implícita a ideia de que para o sucesso dessa luta contra a pobreza, é preciso que TODOS e cada um de nós preste a sua contribuição."

Portanto, é preciso agir. Se todos, enquanto cidadãos temos algo a fazer para acabar com a dependência externa, com a pobreza urbana e todas as manifestações da pobreza, há acções que, a outro nível devem ser tomadas por quem governa. Em poucos dias saberemos quem, em cada sector, coadjuvará o Presidente nos esforços para a erradicação da pobreza. Em pouco tempo poderemos obter respostas aos questionamentos do Egídio lá "no AEG" nos termos dos quais "resta saber do Sr Presidente, o que fará com o seu governo? Da mesma forma que explanou sobre as oportunidades que podem ser exploradas pelo povo, esperava também ouvir as principais linhas de acção do Governo e Estado no combate a essa pobreza urbana. O Sr Presidente mencionou por exemplo a falta de infraestruturas de água, saneamento e higiene. Como pensa abordar esse facto na sua governação?"

Temos que agir. Trabalhar, contarmos mais connosco e deixar de ver o "fora" como solução para todos os nossos problemas. Temos que inovar e aceitar correr riscos para termos mais e melhor. Moçambique pode dar certo pelas acções de todos e de cada um. Não acham?


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