quinta-feira, 8 de outubro de 2009

MDM APRESENTA ´´PROVAS´´ QUE PROVAM QUE AFINAL A CNE NÃO ROUBOU OS SEUS DOCUMENTOS

Por Gustavo Mavie, da AIM

Maputo, 5 Out (AIM) – Num caso tão igual àquele protagonizado pela Renamoem 1999, quando então convocou uma conferencia de imprensa para apresentardados com que pretendia sustentar que havia ganho as eleições realizadasaquele ano, também o MDM, de Daviz Simango, tem estado a distribuir aosdiplomatas acreditados em Moçambique, documentais com que pretende darsustentação às suas alegações de que a CNE roubou-lhe documentos dos seuscandidatos a membros da AR e das 10 AP´s, mas que acabam provando ocontrário, e dando razão à mesma CNE que acusa.
Com efeito, os documentos com que o MDM diz que são prova de que entregouà CNE listas completas e dos suplentes para concorreram tanto para a AR,como para as AP´s, retiram claramente a razão que os responsáveis destaformação politítica dizem estar do seu lado.
Entre os documentos que, neste caso, dão razão à CNE e quesustentam a deliberação do CC de chumbar o recurso do galo, destaca-se umacarta do próprio MDM, endereçada à CNE, datada de 15 de Agosto deste ano,e que deu entrada na CNE no dia 17 seguinte, da lavra do mandatário destaformação politica, José Manuel de Sousa.
Nessa missiva de cinco páginas, escrita neste caso em resposta a umaNotificação da CNE datada de 10 do mesmo mês de Agosto, em que seinformava o MDM sobre a falta de uma série de documentos de alguns doscandidatos nos varios processos que submetera, o mandatário do MDMdiz,categóricasmente, que ´´em conformidade com o assunto acimaepigrafado, junto enviamos a documentação em falta nos processos do MDM,em Vosso poder,de acordo com as sequência arrolada na matéria objecto de suprimento porcada candidato por V.Excias´´.
Depois desta asserção, o Presidente Daviz Simango arrola elepróprio nomes de 122 candidatos cujos processos tinham documentosincompletos, mas que por força da lei, já não se ia a tempo de se fazer asua entrega à posterior junto da CNE, dado que o prazo dado aos partidospara esse fim, havia já expirado há um mês.
É preciso vincar que o MDM entregou todos os seus processos à CNE às15.20 horas do último dia do prazo de três meses que tinha para fazer asua entrega, ou seja, no dia 29 de Julho, o que não lhe dava quase nenhumtempo de sobra, para fazer nenhuma entrega de documentos que podessemestar em falta como se veio a verificar, ou mesmo para fazer algumascorreções pertinentes. Há que notar que à hora em que os mandatárioschegaram ao balcão da CNE, falava apenas 10 minutos para o fim do chamadodia de expediente em Moçambique, dado que as instituições públicas dopais abrem as7.30 horas, e encerram ao público as 15.30 horas. Isto pode revelar que oMDM só foi à CNE neste dia, porque tinha que ir, dado que era o último, enão porque tivesse já a documentação em dia.
O que é mais grave ainda, é que numa outra carta, José Manuel de Sousadiz que para além dos candidatos cujos processos tinham vários documentosem falta, como o registo criminal, ou BI, havia o caso de várioscandidatos que os responsáveis do MDM não conseguem mais contactá-lospelas vias mais rapidas, e muito menos localizá-los físicamente, para quepodessem providenciar os documentos que não estavam nos seus processos e,vai daí, tentar levar a CNE a aceitar que os substituíssem por outroscandidatos, o que também era impossível ser aceite à luz da lei, dado queestava-se muito fora do prazo.
No dizer do Vogal da CNE, Dr. Antonio Chipanga, só com osdocumentos com que om MDM tem estado a distrubuir, acaba sendo provasuficiente e inegável de que afinal este partido é que tem toda a culpa,não só porque entregou os documentos no último dia e à ultíssima hora,como havia muitos processos que não estavam completos, como, de resto, oconfirma o próprio MDM na carta-resposta que enviou à CNE, com a tal datade 15 de Agosto e outra entregue a 17 do mesmo mês.
Analisando estas provas do MDM, fica-se perante o tal casosimilar ao ocorrido após as eleicoes de 1999, em que a Renamo, pela voz deJafar Jafar, apresentou numa conferência de imprensa, dados com que diziaque eram a prova inegável de que a perdiz havia ganho as eleicoes daqueleano, mas que quando alguns dos jornalistas então presentes, nomeadamente oPaul Fauvet, da AIM, e o agora malogrado Carlos Cardoso, do Metical,fizeram a sua análise matemática, concluiram, para o seu espanto, queafinal com esses dados, a perdiz estava a confirmar com eles a vitoria daFrelimo que tentava negar.
Este facto inédito inspirou Cardoso a dar à noticia que escreveu então,um título que rezava assim: ´´Vitoria da Frelimo dada pela Renamo´´.Também os documentos com que o MDM está a tentar sustentar a sua causa deque houve roubo dos seus documentos pela CNE, e que é por isso mesmo queo CC não foi capaz de dar o veredito certo e a seu favor, dão razao àCNE. Isto levaria um analista político a dizer que *o facto do MDM estara cometer os mesmos erros da Renamo, de acusar e depois dar logo a seguirprovas que acabam anulando a sua própria acusação, mostra claramente queoMDM é filho de quem é, e que nós todos conhecemos, numa clara referênciaao facto de que os principais fundadores deste partido liderado por DavizSimango, são membros dissidentes da Renamo.
´´Podemos citar o ditado que diz que tal pai, tal filho´´, rematou omesmo analista, para provar que há similaridades políticas ou da genesedo MDM que são intrisecas à da Renamo.*
*RELATO DOS FACTOS CONTIDOS NAS ´´PROVAS´´ DO MDM*
Os responsáveis da CNE contaram à AIM, sem negar as falhas queeventualmente possam eles próprios ter cometido na recepção dos processosdo MDM, que os lideres deste partido estão a agir de má fé, quando acusama CNE de ter até roubado os seus documentos ou 'processos individuais' dosseus candidatos à AR e às AP´s, porquerecenhecem eles próprios na tal carta de 15 de Agosto e que submeteram àCNE a 15 e 17 de Agosto, que faltavam pelo menos documentos em 122candidatos de entre os 1.507 candidatos e suplentes que deveriam concorrerpelo MDM em todo o pais.
O Dr. António Chipanga descreveu à AIM a maneira tãodesorganizada em que os processos do MDM foram sendo entregues no balcãoda CNE, e que os levou a concluir que os próprios dirigentes destepartido, não sabiam certamente se as caixas em que vinham estariam ou nãocom documentos válidos ou completos.
´´Isto porque no dia da entrega, as caixas que foram nosentregando uma atrás de outra, a partir das tais 15.20 horas do dia 29,até noite adentro que se arrastou bem até cerca das 22 horas do mesmo dia.Há que referir que muitas dessas caixas tinham sido enviadas dasprovincias via aviões da LAM no mesmo dia 29 em que chegaram a Maputo, enos foram sendo entregues. Digo que não podiam saber se continham todos osdocumentos completos, porque apercebemo-nos depois que eles próprios sótratavam de osir levantar no aeroporto, e trazer-nos imediatamente depois tal comohaviam sido embaladas nessas provincias. Portanto, não tiveramm temponenhum de as abrir, e muito menos conferir o seu contudo, tal como osfuncionarios do balcão da CNE se limitaram quase a recebé-las, porquetambém não foram a tempo de fazer uma confrerência exaustiva dos seusconteudos, tendo se limitado a fazer uma análise processual por amostra, enão documento por documento, como deveriam ter feito, caso tivessem tidotempo suficiente para isso´´, disse o Dr. Chipanga. Ele vincou que ´´estemétodo de analise poramostras, no dia 29 de Julho, foi feita na base da boa fé´´, mas que agorao MDM está a tentar incrinar o inocente, que é a CNE.
Ele vincou que somente depois de varios dias de análisecircunstanciada dos processos individuais contidos nessas caixas, é quederam conta que havia falta de muitos documentos, e que foi em funçãodisso, que entenderam informar o MDM sobre esse facto, através da talcarta datada de 10 de Agosto, e que foi recebida pelo MDM no dia 12seguinte.
Destaca que por lapso, a carta leva o termo candidatos semprocesso, na provincia de Cabo Delgado, e enumera quais são os taiscandidatos, mas que na verdade, em relação a estes era apenas umainformação, porque o MDN não ia a tempo de enviar esses documentos emfalta ou de fazer uma correcção do que fosse que fosse, dado que já estavamuito fora do prazo previsto na lei. Este lapso é apontado no acordão doCC como um dos erros da CNE. O CC diz que nãohavia razão para se emitir a notificação para estes e para osrestantes apontados como tendo em falta alguns documentos, uma vez que oprazo havia expirasdo no dia da entrega da candidatura, e que não continhaefectivos e suplentes em número exigido pela lei. Agora o MDM pareceaproveitar-se desse erro para dizer que tem documentosm completos queforam roubados, mas sabe e já teve a oportunidade de confirmar por escritoque enviou processos imcompletos e emalguns circulos, sem a respectiva lista de candidturas, e noutroscasos,listas sem os respectivos processos, e, por isso, solicitava que lhefosse permitido acertar tudo na própria CNE, porque não conhece até aquiquais são os processos que enviou, e quais aqueles que não teem asrespectivas listas de candidatuturas.
Aliás, talvez mesmo valendo-se desse lapso, é que aqpesar de que sabiaque já estava fora do prazo, e que, portanto não ia a tempo de mandaresses documentos ou processos em falta, o MDM os enviou mesmo assim, mas,segundo Chipanga, esse envio é nulo e sem efeito para a CNE, porque eracompletamente extemporâneio. Aliás, o requerimento que remete essesdocumentos ao Presidente da CNE, mereceu o seu indeferimento por ´´extemporaneidade´´.
Chipanga admite que os documentos que o MDM enviou fora do prazo estãosim na posse da CNE, mas que de modo algum poderiam eles os enviar ao CC,uma vez que os recebeu muito fora do prazo.
´´Esses documentos estão lá na CNE, mas como chegaram muito fora doprazo, os arquivamos simplesmente, porque não podem ser válidos para orecurso que o MDM interpós ao CC. Para este fim, o que conta e queenviamos são os processos ou as listas que nos entregaram a 29 de Julho,e que estavam com falta de varios documentos, como o reconhece o proóprioMDM, na carta de que já fizemos referência assinado pelo mandatário destaformação política´´.
Chipanga disse que ´´foi em função destes e outros factos, isto é, foiapós concluir que muitas das listas do MDM cairam por terra, que levou aCNE e deliberar, a seis de Setembro deste ano, pela exclusão parcial doMDM de concorrer em algumas das provinciais, depois da eliminação devarias das listas dos seus candidatos porque não reuniam todos osdocumentos ou mesmo processos individuais. Lamenta que o MDM continue afazer tanto barulho e a considerar tomar medidas in extremis para tentarforcar a barra e criar problemas que não existe, quando tudo teve com asua proprio desorganização ou falta de tempo para reunir todos osdocumentosdos seus 1507 candidados.
Ele explicou que para que uma lista caia por terra, e sejaconsiderada nula e sem efeito, basta que falte um só candidato efectivo oumesmo suplente. Revelou que um dos exemplos deste último caso é a lista doMDM para a provincia de Cabo Delgado, que ficou invalidada porque só tinhaum suplente dos três que a lei exige como mínimo. Diz que acabou ficandocom um só suplente, quando se recorreu a dois dos tres que apresentava,para preencher dois ligares cujos candidatos efectivos não tinhamprocessos,nomeadamente os candidatos Jerónimo Artur e Miguel José Maria.
(AIM)GM

Fonte: AIM

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Presidente da CNE: MDM tentou corromper dois vogais


CNE O presidente da Comissão Nacional de Eleições, João Leopoldo da Costa, revelou, ontem, em entrevista à TVM, que o MDM tentou corromper dois vogais, em momentos separados, no sentido de o permitir meter documentos em falta à por­ta de cavalo. Conta que o MDM, primeiro, tentou corromper o primeiro vogal, depois o segundo. E, depois, a informação chegou a si (o presidente). Por outro lado, Leopoldo da Costa revelou que o presidente do MDM, Daviz Simango, foi ao seu gabinete, acompa­nhado por Ismael Mussá, ameaçá-lo. Da Cos­ta disse que a CNE nunca foi pressionada por alguém. “Não recebemos pressão nenhuma, nem do Presidente da República. Nenhuma mesmo”.

O PAÍS - 06.10.2009

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Frelimo aposta na unidade nacional

Frelimo aposta na unidade nacional

Maputo - Os manifestos eleitorais dos três principais partidos em Moçambique às eleições de dia 28 de Outubro de 2009 estão recheados de promessas, com a FRELIMO (poder) a propor consolidar a unidade nacional e a oposição a apostar na "despartidarização do aparelho do Estado".


Os manifestos eleitorais dos três partidos convergem nas promessas de mais habitação, energia, água e saneamento, melhor educação e mais saúde, mais oportunidades para as empresas nacionais e combate à pobreza e à corrupção.


A menos de um mês das eleições gerais (presidenciais, legislativas e provinciais) de 28 de Outubro, FRELIMO, RENAMO e Movimento Democrático de Moçambique (MDM) fizeram já centenas de acções de campanha em todo o país mas raramente são distribuídos os manifestos eleitorais, optando-se por mensagens mais directas e fáceis de assimilar.


A FRELIMO foi o primeiro partido a apresentar o manifesto e que mais o divulgou, um documento extenso, com centenas de promessas, nomeadamente de consolidar a unidade nacional, a boa governação, a paz e a democracia, e o combate à pobreza e à corrupção.


Em termos gerais, o manifesto eleitoral do partido no poder centra-se na melhoria das condições de vida da população, combatendo ao mesmo tempo "todos os factores de divisão, baseados na tribo, origem étnica, raça, religião e todas as manifestações que possam perigar a unidade nacional".


Com o slogan "A FRELIMO é que fez, a FRELIMO é que faz", o partido quer tornar cada distrito a base de desenvolvimento económico e social, e fazer uma "revolução verde".


A RENAMO, maior partido da oposição, optou por um manifesto generalista e pouco ambicioso, prometendo acabar com as células dos partidos nas instituições do Estado, como escolas, hospitais ou ministérios.


Cheio de referências à FRELIMO, embora não o citando, está também o manifesto do MDM, o novo partido criado pelo edil da Beira, Daviz Simango.



Moçambique, diz o documento, retornou nos últimos 10 anos, de forma velada e gradual, ao monopartidarismo.


Sob o lema "Moçambique para todos", o MDM diz que foi criado para combater o "crescente dirigismo e centralismo", a "velada e gradual negação das liberdades, deveres e direitos" constitucionais, e o "desrespeito flagrante" por parte da elite política e do Governo pela "legislação", além de "uma partidarização da função pública" e "abuso de poder".


E foi criado ainda, acrescenta, para impedir que a FRELIMO conquiste a maioria de dois terços nas legislativas, o que lhe permitiria "alterar a Constituição a seu bel-prazer e assegurar a perpetuação do actual Presidente da República no poder".


Também o MDM não é parco em promessas, desde a limitação de poderes do Presidente, criação da Polícia Judiciária, redução dos impostos e luz para todos, até mais transportes e mais casas para jovens, para quem será criado um Cartão Jovem e Pousadas da Juventude.



Sob o lema "O melhor de Moçambique são os moçambicanos", a RENAMO é mais contida, mas promete também um pouco de tudo, desde mais água potável à desminagem do país, de melhor justiça e melhor saúde a mais respeito pelo poder tradicional.

fonte: Angola Press

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

D DE DESORGANIZADOS, D DE DEMOCRATAS, D DE DAVIZ: DEZ PONTOS DO CHUMBO CORRECTO DO CONSELHO CONSTITUCIONAL.


Por: Um Galo Forjado.


1. “O CC E A CNE COMO DEMÓNIOS”

Caros amigos, deixemos de demonizar o Presidente da Comissão Nacional de Eleições, os vogais da CNE e os juizes conselheiros do Conselho Constitucional da República de Moçambique, pois nem Parena, nem PT, nem MDM, nem Verdes nem PIMO e todos os outros organizaram-se devidamente para um processo desta dimensão! Quando José Manuel de Sousa, mandatário do Partido Movimento Democrático de Moçambique constata irregularidades nos processos enviados a Comissão Nacional de Eleições e pede em carta datada de 15 de Agosto de 2009 que ele próprio corrija documentação desorganizada nos próprios serviços da CNE, está a insultar a inteligência de qualquer mortal, pois se ao nível deste Partido ainda não sabem o que é organizar um arquivo, que o façam antes de 2014 (caso queiram voltar ao chumbo popular previsto para 28 de Outubro de 2009).
Este mandatário pede autorização ao Presidente da CNE para organizar as relações nominais que segundo ele próprio na missiva acima referida, “está desorganizada por erro humano decorrente da digitalização dos processos”. Imaginem meus senhores que o Panamo fizesse semelhante pedido. Ir organizar processos na CNE! E que a seguir, lá fossem a porta do Dr. Leopoldo pedir para organizar os seus processos todos outros Partidos, Panaoc, UM, UE, Pasomo, Pazs, Ecologista, Ocina, Renamo, Verdes, PUMILD, MPD, UPM, PT, Parena, SOL, UNO, PIMO, UDM, ADACD, UASP e muitos mais partidos que brotam por cá como cogumelos em vésperas da chuva denominada “trust fund”. Todos este por erro humano, lado a lado ao Sr. José Manuel de Sousa, todos a arrumarem processos desorganizados! Aquela CNE tão pequenina que conheço rebentaria pelas costuras. Afinal para que servem as Sedes dos Partidos? Fique claro, e isto é a mais pura verdade: Todos os processos do MDM foram arrumados antes nas instalações do Conselho Municipal da Cidade da Beira oriundo de todos os lados. De avião sairam da Beira em caixas dos Gabinetes do MDM no Município dos beirenses directamente para a CNE levados as pressas por Lutero Chimbirombiro Simango, irmão do Daviz Simango! Cabe a este senhor e a todos outros juristas distraidos organizarem-se antes para que não venham com estas tretas hoje!

2. “A VERTICALIDADE DO CONSELHO CONSTITUCIONAL FACE A RECORRENTE DESORGANIZAÇÃO DOS PARTIDOS”

Ja chega, senhores politicos de meia tigela! Chega de benesses. 50 milhões de dólares para repartir para quem anda por ai a vegetar pelas ruas de Maputo ou quem nasce na Beira e seis meses depois vê-lhe os dentes é muito dinheiro! E isso pesa nas costas do meu amigo leitor, pesa no bolso da minha tia da Munhava, da minha avó que está em Nacala, da minha sobrinha que está em Murrupula! O Conselho Constitucional há muito que vinha avizando a Comissão Nacional de Eleições que este órgão andava a brincar com fogo ao meter todos os Partidos na corrida sob pena e condoidos os vogais que andavam por verem tamanho esforço que estes faziam, mesmo que se para o efeito a Lei fosse pisada (como Todd Chappman gosta). “Erros humanos, insuficiência de candidatos nas listas, processos sem bilhetes de identidade, documentos inintelígiveis, candidatos com registo criminal que atesta terem sido condenados por furto, roubo, abuso de confiança, peculato, falsificação” tudo passava e tudo devia passar em nome da democracia sem observancia do Direito.
E esta oposição grita: “queremos um Estado de Direito Democrático”. Neste caso, que se lixe o Direito? Vale apenas o democratico porque inclusivo? Valem apenas as palavras, mesmo que atropelantes as normas?
Na verdade uns candidatos eram uns verdadeiros coxos, outros passavam a vida a chafurdar nos bares e só lembraram-se da corrida a porta do recinto principal da CNE. . Não me lembra nada ver um Neves Serrano e um Viana, este ultimo que “afundou” precariamente o Fórum das ONG’s Link, a receberem dinheiros da CNE! O destino dessas notas de dinheiro já era previsivel devido as ambições conhecidas destas “ilustres” figuras!

3. “A ARROGÂNCIA DO “INCLUSIVO”!”
Ora, a meu ver o povo moçambicano não merece isto. Não Sr. Chappman, desorganização e inclusão só lembram a ti, Tod e ao Bush. A propósito, interrogo-me eu, mas que moçambicanos somos nós que aceitamos que um simplississimo ENCARREGADO DE NEGÓCIOS, que mais não devia fazer senão aproximar moçambique as posições do comércio internacional justo acocoradas no Agoa, venha este cidadão americano falar tão mal, tão mal, de forma superiormente abusiva, arrogante, indecorosa e indecente com TODO ÓRGÃO DE SOBERANIA DO ESTADO MOÇAMBICANO CHAMADO CNE? O sublinhado é para reflectirmos meus compatriotas, cidadãos moçambicanos sobre o significado do alcance da luta de palavras entre duas entidades distintas, ou melhor uma simples personalidade americana (que por estas alturas deveriamos declarar persona non grata) e outra das quais soberanamente em seu próprio solo pátrio. Xiiiiiça! E se um moçambicano gritasse pelas ruas do Empire State Building pela inclusão de mais candidatos na corrida a White House, sendo que Obama e MacCain são poucos se considerados os nossos Sibindy, Domingos, Serrano, Viana, Daviz, Guebuza, Dhlakhama and many more? Que seria desse coitado? Guantanamo? Não, mas uma xambocada lá no traseiro teria direito. Ha isso sim.

4. “ORGANIZAR PROCESSOS AO CELULAR, É NO QUE DÁ: CHUMBO!”
Caros, 6 meses não é tempo suficiente para organizar-se um Partido a fim de concorrer num quadro desta natureza:
- Presidenciais - (Presidente expulso da Renamo por ambição de poder, pois a Cidade da Beira sabe a pouco!)
- Legislativas - (miudos roubados da Renamo, nem que para o efeito, segundo Mazanga ficassem ele e o “pai da demos”. Por mim que levasse aquele boçal do Muchanga e fossem os três passear ao inferno para um papo com o Diabo);
- Provinciais (sequazes do Dhlakhama).
Daviz e seus acólitos fizeram tudo isto as pressas e deu no que deu. Organizar todo um processo ao telefone celular, com “giros” e “tudo-bom” que meia volta caem pela metade da chamada devido a rede fraca e lá perde-se o nome; com Delegados provinciais indicados a dedo; sem sede, máquinas, armários; apenas com um celular; sem internet; sem toda uma máquina administrativa; meus senhores, dá nisto, D E S O R G A N I Z A Ç Ã O!

5. “MISÉRIA DE PROCESSOS, PROCESSOS DE BRINCADEIRA!”
Candidatos propostos sem cartão de eleitor (teriamos Deputados que nem recensearam), processos inteiros sem documentação pessoal dos candidatos, apenas com Declaração de Aceitação de candidatura (este apenas rubricou, pois afinal quem não quer sentar na confortável cadeira da 24 de Julho?).
Vejamos apenas este entre muitos pormenores:
1. O MDM apresentou para candidatos a Europa e Resto do Mundo 1 candidato efectivo. Meus senhores, de todos os documentos exigidos este só tinha: Cópia de Passaporte válido e um fax de declaração de aceitação de candidatura. Brincadeira.
2. O número 1 do Artigo 162 da Lei número 7/2007, de 26 de Fevereiro determina que as listas propostas a eleição devem indicar candidatos em número igual ao dos mandatos atribuidos ao Círculo Eleitoral a que se refiram e de candidatos suplentes em número não inferior a três e nem superior ao dos efectivos: O MDM apresentou muitos candidatos em situação irregular ao ponto de superiorizarem o número do exigido pela Lei para compor a lista de efectivos e suplentes deste órgão.
3. Até ao dia 01 de Setembro, candidatos desta formação política em Massingir, Matola, Boane,Manhiça, Xai-Xai, Chókwé, Maxixe,Morrumbene, Vilanculo, Gondola, Chimoio, Tambara, Gorongosa, Inhambane, Massinga,Tsangano, Barué e Mossurize entre muitos outros não tinham a sua situação regularizada.
Vimos todos a azafama que foram as eleições internas na FRELIMO em que até os mais experientes não vingaram em posições cimeiras.
Vimos umas internas que foram organizadas “para o inglês ver” num Congresso de “fachada” duma Renamo completamente desnorteada algures em Nampula onde o líder “comido” pelos olhos da Lúcia Fate, mais caminho não viu senão o Nikah (casamento religioso muçulmano). E nessa materia, o que é que vimos do MDM senão a Maria Moreno a voltar de Cuamba, onde perdeu para a FRELIMO o cargo de Presidente para autarquia local ser premiada com um valente “chuto” no traseiro. La foram juntar-se ao expulso Daviz. Ismael Mussa, esse quadro da leva de intelectuais que tentou colocar o líder em ordem, puxou pela mão do Colaço, do Quivelas, do Abel Sana Sana e lá foram juntar-se ao expurgado Daviz. Boavida e Manuel Araújo apenas foram atirados para a sarjeta da política destas bandas. Era a luta de comadres em que Mbararano, Barbito e outros não se entendiam na Beira e o Daviz fez o favor de expulsar todos renamistas e frelimistas, tendo começado por reorganizar o município apenas com a sua própria família (uns já estão a ver o sol aos quadradinhos como mais abaixo verá).

6. CHEGAR A PRESIDENTE DA REPÚBLICA, MAIS DO QUE QUALQUER VONTADE UM IMPERATIVO DE QUEM?
Logicamente que de uns tantos vende-pátrias fanáticos que acreditaram que o “pai da democracia” poderia ser golpeado num Congresso que nunca existiu no seio da perdiz. A romaria para a candidatura à Ponta Vermelha dava início logo após a revolução/expulsão neste periodo em que as comadres andavam de costas dadas. Mas sera? Engano! Puro engano meu, porque recentemente a Renamo diz ter descoberto material de propaganda que dava conta de que o “miudo” já engendrara uma “cabeçada” ao líder e este apercebendo-se deu o mesmo rumo que a Linnette Ollofson teve (não foi eleita líder da Liga Feminina da Renamo), tal como Raúl Domingos, Artur Vilanculos entre outras vítimas do “pai da democracia – Barack Obama de África” – Este sabe mesmo o meu filho fazer rir hein?
7. PARA QUEM IRÃO OS PRÓXIMOS MILHÕES DE DOLARES
Companheiros de um certa chancelaria em Moçambique gastam que se fartam. Organizam tudo, pagam material, comunicações, salas de reuniões, dívidas na Beira, tudo tudo quanto seja possivel. Incluindo dar de “mamar” aos juristas que nada fazem, levando o Ismael a porta do Constitucional numa flagrante aberração a lei quando este sabe que para l’a chegar o document deve entrar via CNE. E a STV nem se apercebe do espectáculo barato feito por estes, limitando-se a cobrir a velocidade e outros showfismos ao invés da falta de prepare demonstrada em relação ao desconhecimento das normas de envio de expediente ao Conselho Constitucional. Esta STV e estes jornalistas mediocres pah! Companheiros, em 2014 havera mais e até lá que se organizem devidamente. Há quem diga que desorganizaram propositadamente os processos para que fossem vistos como vitimas de todo um processo eleitoral que a partida aparentemente não vos quisesse, dando assim a entender que o partido mau da fita seria a FRELIMO. O Povo não é burro ok! Resta saber se depois das estrondosas somas da CIA que cairam nos bolsos de Dhlakama, Domingos e agora Daviz, quem será o próximo a merecer uns tantos milhões de dólares. Estes senhores meus caros nem se apercebem que “tudo o que voa,vem para baixo de vez em quando alimentar-se”...E Daviz voltará a Beira para em 2013 deixar a cadeira para nunca mais!

8. NADA PERCEBEM, PENSANDO QUE TUDO SABEM!
Sobre a D E S O R G A N I Z A Ç Ã O, querem saber mais? Perguntem ao Lutero Simango se não esqueceu processos que deviam ter dado entrada na CNE na bagageira do seu carro e que depois foram encontrados pelo empregado quando lavava o carro. Perguntem. Peguem nos vossos celulares para junto dele clarificarem se não tera pedido para "meter" processos a “porta do cavalo” na Comissão Nacional de Eleições a pretexto de que o MDM como Partido é novo e eles mal percebiam das formalidades todas. Mas a ele próprio, Lutero Simango foi perguntado mais ou menos nestes termos:
- “Oh Lutero, já estiveste no PCN. Antes no Grupo de Reflexão e Mudança, sera que não sabes quais são os procedimentos? Queres obrigar-nos a ferir a Lei?”
La o Lutero ligou para todo o mundo. Vogais da FRELIMO e da Renamo, para o Presidente e mais pessoas. Daviz acabou por entrar em cena a pedir a intervenção de Lucas Chomera, Ministro da Administração Estatal. Mas que trapalhada? É por estar habituado a lidar com o Ministro do território que se esquece que este não é o organismo próprio? O que tem a ver o Governo com estes palhaços do MDM? Foram meter processos altamente desorganizados. Ora sem copias de BI, ora sem atestados de residencia, acusando os secretarios de Bairro de não os darem. Ora meus senhores, organizem-se e deixem de tentar meter areia nos olhos do Povo.

9. “SENHORES ANTI-PATRIOTAS, MOÇAMBIQUE NÃO ESTÁ A VENDA!”
Se são tão democratas e inclusivos tal como o vosso patrão (qual sequaze da CIA) Todd Chappman quer então mostrem que no MDM foram feitas listas de candidatos a candidatos que passaram por eleições internas. Quem elegeu Maria Moreno, José de Sousa, Geraldo Carvalho, Ismael Mussa? Quem? Quando? Onde esta a acta? Mostrem para todo o mundo ver! A imprensa esteve ausente porquê? D E S O R G A N I Z A Ç Ã O!
Qual é o merito que este candidato tem e porque é que o suplente é suplente no MDM. Que critérios nomeiam um indiviuduo neste “mosaico de moçambicanos para todos os gostos”. Mostrem ao povo uma única acta de eleições internas dentro desse partido mal parido. Valha me Deus! Vão bugiar longe com esses vossos salafraios de Portugal que querem ver isto mais uma "turrada". Moçambique é de moçambicanos, não está a venda não!

10. UM DIA OS BEIRENSES QUERERÃO O SEU DINHEIRO DE VOLTA
Neste momento se temos uma cidade altamente porca, essa chama-se Beira. Enquanto o seu Presidente passseia por ain a pele de candidato a PR de todos os moçambicanos, a Beira vai se descascando. Não lembra nada aquela Cidade do Grande Hotel. Não interessa nós termos aqui partidozecos com uma duzia de gatos minguados expulsos do Parlamento pela Comissao Permantente a fazerem lobbies junto das chancelarias para organizarem-se em Partido, colocarem a carroça a frente dos bois e insultarem-nos com uma pseudo-democracia. Onde é que o juvenil Azagaia foi eleito? Por quem? Por aqueles que viram os espectáculos das autárquicas? Onde é que estão os Estatutos do MDM? Qual é a alinea que fala de eleições internas? Como é que os cerca de quatrocentos candidatos a Membros das Assembleias Provinciais foram indicados? Ao telefone? Onde fica a Sede do MDM em Lichinga? Em que rua fica a Sede do MDM em Gaza, Inhambane, Tete? E ao nível dos Círculos de Maúa, Nipepe, Pemba Metuge, Chifunde, Quissanga, Nacaroa, Guro, Ilha de Moçambique, Lugela, Changara, Chinde, Sussundenga? Onde estão as Sedes aqui? Quem nomeou representantes? Quanto passo dado em seis meses? Tudo organizado as pressas. Sedes inaugradas com o custo e suor do imposto dos beirenses. Dinheiro roubado dos pacatos cidadãos da Beira. Cuidado porque ainda vão mais alguns familiares deste Daviz para a cadeia pois o saco azul ainda é grande. Nisto a inspecção ainda vai cair por cima. É só esperarmos terminar este processo eleitoral. Depois de perder, voltará a Beira para dizer onde, quando, como é que arranjou tanto dinheiro para esta campanha. Do suor do Povo? Entao pagaras pelo pecado. Aguardemos!

Ps: Oh Namburete, afinal quem ganha neste braço de ferro de puxarem as mãos aos vossos patrões? Aquando da saida do “pai dos miúdos” de Nampula para Maputo, reuniste a mesma mesa este vosso líder com os doadores. Ontem o Mussa reuniu com eles levando na agenda o acordão que os exclui de caminharem por 09 círculos. Vais deixar o tipo cabecear-te assim? Dizem as más linguas que tanto o “pai” como o expulso Domingos estão chateados com esses homens da mola. É para verem efectivamente como se portam as “prostitutas políticas!”. Mais não disse e aquele khanimambo genuinamente moçambicano.